sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Noites de Poesia de Vermoim - 7 Nov. 09



Este é o Convite para a próxima "Noites de Poesia em Vermoim", sábado, dia 7 de Novembro 2009.

O Tema é CASTANHAS.

Contamos com o vosso apoio na divulgação deste evento.

Senhores e Senhoras da "Poesia na Net" :


Não se esqueçam de mandar os vossos trabalhos!


Então, até Sábado...

José Gomes

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terça-feira, 6 de outubro de 2009

Noites de Poesia em Vermoim - a Reportagem

A Reportqgem de uma Noite diferente…

Estava um salão com uma moldura humana bem composta… ao ver as folhas de presença verifiquei que estavam muito mais pessoas no salão do que as que se inscreveram para declamar, especialmente na primeira parte, talvez o tema não tenha sido apelativo para os poetas. E desde logo vejo que estamos com um problema entre mãos: não temos acompanhamento musical para esta Noite de Poesia em Vermoim.

Maria Mamede abriu a Noite de Poesia com uma saudação a todos os presentes e uma saudação especial ao poeta José da Rosa que nos visitou pela primeira vez, acompanhado pelo seu filho o cantor lírico Márcio Rosa. Aproveitou a ocasião e pediu~lhe que preenchesse os nossos momentos musicais, proposta que foi aceite

Armindo Cardoso encantou com o seu “Adágios Populares” (…) Quem muito fala, / por vezes pouco acerta, / é como o cinto , / que, por falta de alças / muito abrage, mas pouco aperta. (...). O poeta Costa Moreira Vales, a propósito do seu trabalho sobre o tema, deixou-nos este adágio: “As feridas da ternura, quem as faz é quem as cura”. Teresa Vaz declamou o seu poema sobre o tema a que deu o título “Breve Paixão”. Natália Vale declamou “Louco Desejo”, um poema muito interessante com alguns adágios populares.

No âmbito da “Poesia na Net” foram declamados os poemas enviados por Leonel Olhero, Ísis (Teresa Gonçalves) e João Diogo.

Terminamos esta primeira parte com uma intervenção lírica por parte de Márcio Rosa. Sem qualquer esforço aparente, sem qualquer amplificação sonora, a sua voz encheu o Salão Nobre. A longa e forte salva de palmas premiou esta primeira intervenção do cantor.

Maria Mamede deu o mote para a segunda parte da Noite. Intervieram Armindo Cardoso, Moreira Vales (que declamou um soneto seu dedicado a Pedro Homem de Melo), António Castilho Dias, Fernanda Garcias, Irene Lamolinairie, Maria Manuela Miguéns (declamou um poema dedicado aos amigos que a acompanharam num momento difícil da sua vida), José Gomes, Teresa Vaz, Natália Vale, José Rosa (que nos visitou pela primeira vez), Márcio Rosa, Aloísio Nogueira (que nos falou da II Invasão Francesa nas Terras da Maia e da resistência do Povo aos invasores, resistência essa que era feita não só pelas armas mas também pela poesia popular. Aos burros chamavam-se, Jinó, uma ridicularização do nome do general francês Junot. Outro general, de nome Loison, o maneta, ficou celebrizado na memória colectiva do povo português, através da expressão “ir para o maneta”:

“(...) Aos alheios cabedais/ lançava-se como seta/ namorava branca ou preta/ toda a idade lhe convinha./ Consigo três Emes tinha:/ Manhoso, Mau e Maneta. (...)”.
“O Jinot mai-lo Maneta/ julgam Portugal já seu:/ É do demo que os carregue/ e também a quem lho deu."
.


Maria Mamede declamou poemas do seu próximo livro “Mãos”. Mário Jorge, em nome do executivo, nesta altura em que se encerra um ciclo de 4 anos, exortou a que todos cumpram o seu dever cívico.

Márcio Rosa interpretou de Francisco Lacerda “Tenho tantas saudades” e de Luís Vaz de Camões “Descalça vai para a fonte”.

Em nosso nome e no da Junta de Freguesia de Vermoim agradecemos a actuação de Márcio Rosa, uma actuação sem qualquer preparação, apanhado de surpresa ali mesmo no Salão Nobre. Pena é que o Márcio tão cedo não possa estar no nosso meio a deliciar-nos com a sua voz, uma vez que vai regressar a Londres, onde está a estudar Canto.


José Gomes lembrou o tema para a próxima Noite de Poesia:




Deixo-vos com o poema da Manuela Miguéns:


AMIGOS

Quando parece que o mundo
Desaba em cima de nós
E apesar de tudo o que nos rodeia
Estamos sós
Miseravelmente sós
E temos que nos entregar
Sem nada para agarrar
Sem ninguém para confiar
Sós
Infinitament sós...

Aparecem uns amigos
Com braçadas de flores e sorrisos no olhar
Com palavras de esperança
Em que nos deixamos embalar...
Amigos que são amigos porque sim
E trazem Primavera ao nosso olhar...
Então o mundo em vez de desabar
Começa a desabrochar
Na cabeça já há planos para continuar
E as coisas más esfumam-se no ar
Agora há só flores e presenças e sorrisos
E abraços e luar e ar puro para respirar
E aquela amizade de verdade
No fundo de cada olhar
São amigos que estão ali só para estar
Só para dar
Sem nada pedir
Sem nada levar
E quando os vemos partir
Sabemos que vamos progredir
Com essa força-amizade
Que nos vieram transmitir.

Manuela Miguéns

Um abraço,

José Gomes

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